quarta-feira, março 07, 2007

Uma fábula


Adorei esta fábula, adaptada de um conto com o mesmo titulo, de Oscar Wilde. E não resisti em partilha-la.
O Rouxinol e a Rosa
Era uma vez, um Rouxinol que vivia num jardim.
Nesse jardim havia uma casa, cuja janela se abria todas as manhãs.
Na janela, um jovem, comia pão, olhando as belezas do jardim. Sempre que deixava cair migalhas de pão, o Rouxinol comia-as acreditando que o jovem as deixava de propósito para ele. e assim criou um grande afecto pelo jovem que se importava em o alimentar mesmo com migalhas.
O jovem um dia apaixonou-se.
Quando se declarou a sua amada, ela disse que só aceitaria o seu amor, se como prova ele lhe desse na manhã seguinte uma Rosa vermelha.
O jovem, percorreu todas as floristas da cidade, mas a sua busca foi em vão pois não encontrou nenhuma Rosa para oferecer a sua amada.
Triste, desolado, o jovem foi falar com o jardineiro da casa onde vivia. O jardineiro explicou-lhe que poderia presenteá-la com Petúnias, Violetas, Cravos, tudo menos Rosas. Elas estavam fora de época, era impossível conseguí-las, naquela estação.
O Rouxinol, que escutava a conversa, ficou muito triste pela desolação do jovem. Teria que fazer algo para ajudar seu amigo, a conseguir a flor.
Assim, a ave procurou o Deus dos pássaros que lhe disse:
- Tu podes conseguir uma Rosa Vermelha para o teu amigo, mas o sacrifício é grande, e pode custar- te a vida!
- Não importa respondeu a ave. O que devo fazer?
- Bem, terás que te emaranhar numa roseira, e cantar a noite toda, sem parar. O esforço é muito grande, o teu peito pode não aguentar.
- Assim farei, respondeu a ave, é para a felicidade de um amigo!
Quando escureceu, o Rouxinol, emaranhou-se no meio de uma roseira, que ficava em frente a janela do jovem e pôs-se a cantar o seu canto mais alegre pois precisava de se esmerar na formação da flor.
Um grande espinho, começou a entrar no peito do Rouxinol, quanto mais ele cantava, mais o espinho entrava no seu peito. O rouxinol não parou, continuou o seu canto, pela felicidade de um amigo, um canto que simbolizava gratidão, amizade. Um canto de dádiva, mesmo que fosse da própria vida!
Do peito da pobre ave, começou a escorrer sangue, que se foi acumulando sobre o caule da roseira, mas ela não se deteve nem se entristeceu.
Pela manhã, ao abrir a janela, o jovem ficou atónito diante da mais linda Rosa vermelha, formada pelo sangue da ave.
Nem questionou o milagre, apenas colheu a Rosa. Ao olhar o corpo inerte da pobre ave, o jovem disse:
- Que ave estúpida! Tendo tantas árvores para cantar, foi- se enfiar precisamente no meio da roseira que tem espinhos, pelo menos agora dormirei melhor, sem ter que ouvir o seu canto chato.
Moral da história:
Cada um, dá o que tem no coração, cada um recebe com o coração que tem.....

3 comentários:

' Claudjinha disse...

Que fábula mais linda...... tá mesmo LINDA LINDA. Tem uma Moral muito verdadeira e que se aplica em muitas coisas. Se n te importares,um dia ponho essa fabula no meu blog. Posso? É que apaixonei-me por ela.Lindissima.

BeijinhO***

Anónimo disse...

Claro minha querida que podes.
Um beijo enorme da mamy do Porto.

' Claudjinha disse...

Mia,

Aquilo eram só experiencias... um post nunca me sai bem como eu quero logo à primeira, há sempre algum errozinho e dps eu vou reconpondo à medida.

Agora já está o definitivo.

BeijinhO*