sábado, março 31, 2007

Ufa, o tempo passa

O tempo é incrivel a passar quando estamos relaxados, quando podemos fazer o que queremos, sem horarios, sem compromissos.
O que posso dizer deste meu dia, que tão rapidamente passou?
Que acordei às 7 da manha, que fui à feira da senhora da hora , mais conhecia por FISH (feira internacional da senhora da hora) lol, ou rsrsrs.
Apreciei as pessoas, adoro ver a fisionomia das pessoas, as suas diferenças aparentes. E o que constato e se torna caricato, é que a gente chamada do "povo" vai religiosamente a sua feira semanal para comprar os legumes, as frutas, o cebolinho para plantar, enfim, aquelas coisas tão comuns de quem ainda vive de uma forma tradicional. Ouve-se o chiar dos sacos com rodas, tão tipicos nestas feiras, uns já foram substituidos e estão em optimo estado outros chiam já de dor de tanto uso que lhes deram ao longo de tanto tempo.
Mas o engraçado é que as chamadas pessoas "chiques", vão lá à procura de objectos de marca, sejam carteiras, relogios, roupa, sapatos. E encontram e fazem a mesma vistaça como se tivessem comprado na loja pelo quadruplo do preço. Esse tipo de pessoas encontram-se na zona da raça cigana, pois só eles conseguem esses produtos, sabe-se lá como. Vá lá não há sectarismo, não se vê uma dondoca a regatear os preços com os ciganos, porque o medo é maior que o desconto que poderiam ter. Mas comprar uma carteira Gucci por 10 euricos, é divinal.
Há também diferença entre os feirantes. Os costumeiros, os que sempre viveram da feira, desde crianças, e que agora que os pais descansam a velhice tomaram o seu lugar. Esses são os madrugadores, pois os seus fregueses acordam cedo e gostam de ver as alfaces fresquinhas, e todos os produtos horticulas como que acabados de tirar do campo.
Os ciganos, esses sabem que as freguesas, acordam tarde e só depois vão à FISH, por isso é raro ve-los a estender a bancada antes das 9,30h. Ali tudo corre ao sabor das necessidades de cada um, seja para comprar, seja para amealhar o dinheiro ao fim da feira.
Deixou de haver a grande atracção da feira, os filmes e cd's de musica piratas, mas no escondidinho de uma banca, ainda se encontram.
E depois, já cansada de tanto caminhar, pois uma das coisas que faz bem é caminhar e aí eu aproveito bem o espaço que a FISH tem, vim para casa. Claro que o cansaço e o ter acordado cedo me deram na moleza e dormi uma optima sesta. Acordei com o meu filho a telefonar-me para tudo o que tocava. Conselhos de mãe, pois mãe, pois mãe é mãe.
E lá fui eu tomar o meu cafezinho da praxe, onde aproveitei para por a leitura em dia.
Depois de varias peripécias, cheguei a casa já quase 8 da noite e resolvi pensar em fazer jantar. Sabem o quê? Uns adoram outros detestam, mas eu estou no lado dos que gostam bastante, bacalhau cozido com grão, ovo, legumes, ou seja bacalhau com todos.
Por isso toca a ir para a cozinha e preparar o meu pitéu, que espero me saiba muito bem quando o estiver a saborear.

sexta-feira, março 30, 2007

Porque não gosto dos finais dos meses

Há quem diga que não gosta das segundas feiras. A mim pouco me afectam, pois o que eu não gosto mesmo é dos fins de mês.
Como já se aperceberam eu trabalho numa Instituição Bancária, que não fica propriamente na cidade, mas a cidade é bem próxima.Não quero com isto dizer que as pessoas não sejam evoluidas, são é diferentes dos que vivem na cidade. Neste local são ainda muito conservadores. Detestam cartões multibanco, não querem que os ordenados sejam transferidos da conta do patrão para a deles, pelo simples facto de que gostam de sentir o dinheiro na mão. Então isso complica imenso os fins de mês. Começa pelos patrões, também estes conservadores , que ainda vão levantar valores substanciais para colocar o dinheiro na mão dos empregados ao dia 30, e outra parte pelos empregados para quem o cheque nada significa, até terem as notas na mão, e depois de contas feitas, guardarem o que sobeja em casa.
Então há aglomerados de pessoas nos Bancos, filas e filas, burburinho, suspiros pela espera, enfim, nada de agradavel para quem está no lado contrário e que rapidamente procura diluir a fila.
Depois surge a tensão de tentar ser o mais rapido e eficiente, e se algo corre mal, está tudo estragado.
Assim me aconteceu hoje. Uma máquina que resolveu encravar, e despelotou a alteração total de vida de toda a gente. Digo isto porque eram 21,00h, e ainda estavamos a trabalhar. Felizmente tudo se resolveu, mas com o sacrificio de algumas pessoas que foram apoio vital para mim.
A Maria José (que foi excepcional), o João, o José (apoio moral) e o Rui, colega de Lisboa, mas que dá apoio informatico a quem necessita.
E cá estou eu no meu cantinho, depois desta maratona, para repousar durante dois dias, pois na segunda feira, a saga vai continuar, mas felizmente o colega Pedro está de volta das pequenas férias que fez, e a ajuda dele é fundamental. Mas mesmo assim lá vou eu juntar o não gostar dos fins de mês, ao não gostar de segundas feiras, mas só por mera coincidencia.

quinta-feira, março 29, 2007

Rir ou falar sózinho, quem vence?



Uma questão que me colocaram, e que me sugeriram fazê-la no blog.


Aceitei a ideia e cá está ela. Será que vai haver respostas?


Vais na rua e reparas em alguém a falar sózinho

e

Vais na rua e reparas em alguém sózinho a soltar uma gargalhada.


Qual das situações achas mais caricata? De qual te ris? O Porquê da tua resposta?
Já te aconteceu seres protagonista de uma delas, ou mesmo das duas. Qual a que mais te afectou?

Vá lá colabora, vai ser interessante ler as diferentes opiniões.

quarta-feira, março 28, 2007

"Já tirei os pontos"


"Já tirei os pontos", é uma expressão que uso, sempre que alguém mais próximo me pergunta se eu estou melhor.
Esta expressão já assustou muita gente, pelo menos dita ao telefone. Uma delas foi a minha mãe, quando pela primeira vez me ouviu esta expressão. Ficou em panico, mas agora já brinca com estas mesmas palavras e agora é ela que assusta as irmãs, minha tias, quando perguntam se eu estou melhor, por qualquer razão.
Pois é verdade, só agora escrevo desde 2a. feira, mas os pontos tirei-os no dia seguinte logo que acordei. Felizmente estou bem e feliz. Obrigada aos que comigo se preocuparam.

Já falei neste cantinho do café que abriu quase por baixo de minha casa, e volto a menciona-lo pois tenho passado lá uns serões bem agradáveis na cavaqueira com os donos.
Ontem nem dei conta das horas passarem, tão curiosa e atenta que estava às historias de vida que a D. Alzira me contava, dela e dos velhinhos que lá por casa passaram ao longo de tantos anos. Admiro muito esta senhora, uma mulher de garra e coragem, que para além da familia, do café e mais actividades que tem, cuida de 3 velhinhas na propria casa, cujos filhos não as podem ter na deles.
É de louvar a entrega, desta familia aos que tanto precisam.
Bem hajam D.Alzira e Sr. Júlio.

segunda-feira, março 26, 2007

Nem todos os dias são como desejamos


Cheguei com sol, apesar de nada ter notado no caminho que fiz até casa.
Foi mais um dos dias em que chegar ao meu refugio era o prioritario.
Um nó na garganta, e uma lágrima furtiva que ameaçava abrir o dique, acompanharam-me na viagem.
Resisti às lágrimas, mas a "mão" que me aperta a garganta e me deixa como que um nó que nem sobe nem desce, nem tão pouco desaparece, essa não consigo mandar embora.
Apetece-me enfiar o pijama, ficar no escuro e adormecer. Sem sonhos, muito menos aqueles que começo ainda acordada.
Quero-me vazia de pensamentos, pois nada melhor que um bom sono para que o dia seguinte seja um dia com sol no meu coração.
Encerrou-se definitivamente um ciclo da minha vida.

Não posso passar sem lembrar que hoje é um dia muito especial para o Lelinho, que faz precisamente 82 anos. Adorei ouvir a voz dele, e as saudades cresceram. Um dia muito feliz Paizinho Lelinho.




sábado, março 24, 2007

Feliz-Tchim tchim aos meus amigos


Sinto-me feliz.
A ideia que tive de vos desafiar para me enviarem coisas que escreveram, ou escrevem deu-me muita felicidade, e pelo que já me foi transmitido fez também algumas pessoas ter momentos felizes.
Fiquei admirada com amigos que nem imaginava que escreviam, mas é bem verdade que todos nós somos uma caixinha de surpresas. E às vezes é preciso uma pequena chave para abrir essas caixinhas tão bem guardadas por nós.
Quem sabe um dia nos possamos juntar todos para comemorar esse espaço que é muito nosso.
A Claudinha é a que está mais distante, do outro lado do oceano, mas vem a portugal que eu sei e vou adorar conhece-la.
A Paulinha, já somos amigas há muito tempo e concerteza estará presente.
A minha filhota Claudia, que infelizmente não conheço pessoalmente, quem sabe será uma boa altura para a conhecer.
A Eva Luna, menina cheia de garra.
O Américo Manuel a quem fiz ir ao baú da adolescencia procurar o que escrevia.
Toni, que escreveu de proposito para me ofertar algo dele.
O José Carlos, um poeta já feito, com várias publicações e que de quando em quando me brinda com um poema.
E por ultimo, mas não o ultimo o meu querido amigo Zé MMI, que tem uma veia enorme para a escrita e de quem eu gosto muito.
Mais irei colocar. Há mais amigos felizmente, mas depois de os colocar no anjo sem asas falarei deles.
Obrigado por me darem momentos de magia e felicidade.

Ah.. só uma coisinha, não se esqueçam de comentar os post do anjo sem asas, uns aos outros, pois um comentário de amigo é algo que ainda mais nos anima.

segunda-feira, março 19, 2007

Um desafio. Aceitam?

Como penso repararam, criei um novo blog, onde estou a colocar escritas de amigos.
Então desafio a quem lê o Castelo da Mia, para que me envie poemas, textos, originais que escrevam e que gostariam que eu colocasse no Anjo sem Asas.
Só peço que sejam mesmo de vossa autoria, pois só assim será públicado.
Mandem por favor para o meu e.mail rosa_maria_castro@hotmail.com.
Vá lá vamos ver como correspondem ao meu desafio.
Obrigado
Mia

domingo, março 18, 2007

Lelinho

*****Paizinho Lelinho e Mia ***************************** O meu Pai******


Amanhã devia haver dispensa para todos os Pais. Sim porque amanhã é o dia deles.
Digo isto porque nas conversas que vou ouvindo há imensos pais que nesse dia têm actividades com os filhos nas escolinhas que frequentam, e infelizmente muitos não poderão comparecer porque é dia de trabalho.
Não só por isso, mas para que os pais ficassem um dia inteiro com os filhos e ao menos neste dia. Com toda a certeza não iria colmatar a falta da presença diária de muitos deles, mas seria uma esperança nos pequenos corações de que pelo menos um dia no ano o Pai seria só deles.
Seria engraçado fazer do dia 19 de Março feriado. Mas só para quem fosse Pai no verdadeiro sentido.
Infelizmente há ainda muitos pais que não o merecem ser. Há ainda muita violencia infantil e juvenil.
Eu já não tenho pai. E infelizmente não o posso ter na memória como o melhor pai do mundo. Mas acredito que fui amada por ele, à maneira dele, que pode não ter sido a melhor forma, mas foi a maneira que ele se soube dar.
Quando temos carência de algo, tentamos compensar de muitas formas. E criamos laços com as pessoas que vão entrando nas nossas vidas.

Por isso gostava de desejar ao Paizinho Lelinho um dia muito feliz e agradecer todo o amor que me deu e dá, apesar da distância e das voltas que a nossa vida deu. Sei que me guarda no coração, assim como eu o guardarei para sempre. Um beijo com muitas saudades.

sábado, março 17, 2007

Hoje fiz alguém Feliz


Acordei bem cedo hoje, mas como felizmente me lembrei que era sábado e dia de descanso voltei a adormecer.
Mais tarde sai para viver o lindo dia que estava, parecia mesmo um dia de verão. Lá andei eu nas minhas lides, até que já cansada de tanto laréu, voltei ao meu castelo.
Almocei e resolvi ver um pouco de tv. Claro que adormeci um pouco mais, e quando voltei a acordar, pensei em ir até ao El corte inglês, pois lá tem chapeus lindissimos e eu adoro chapeus.
Estava a preparar-me para ir quando um amigo muito querido me diz que está perto e me convida para tomar um café. Como sempre que estamos juntos é uma risota pegada, fiquei tão bem disposta que resolvi não ir às compras. Fui então comprar jantar ao avô manel, uma churrasqueira optima.
Vinha pelo caminho de sacas na mão quando pensei em partilhar o meu jantar com a minha mãe.
E lá fui eu fazer uma surpresa à Maria do Carmo (trato assim a minha mãe, quando estou a brincar com ela). A minha mãe ficou tão feliz quando me viu. Tinha chegado de visitar a minha prima e nunca imaginou que a desnaturada da filha lhe entrasse casa adentro aquela hora. Sei que fiz a minha mãe muito feliz e eu regressei feliz.
Há pequenas coisas que podemos dar aos outros, que nada nos custam e tão bem fazem.

quarta-feira, março 14, 2007

Melancolia

Há pouco comecei a escrever um post sob melancolia.

Já tinha escrito umas boas frases, quando me deu vontade de tomar um café.
Como já era um pouco tarde, e a conselho da menina Alzira, que é a dona do café, espreitei a ver se havia luz cá de cima do 3º andar. Fiquei feliz porque estava ainda com as luzes ligadas e lá desci eu para o meu cafezinho, que me soube divinalmente.
Deixei, portanto o post a meio.
São um casal simpatiquissimo e é agradavel conversar com eles, os donos do café, que abriu recentemente por baixo de minha casa.
Então lá fiquei eu um bom bocado na cavaqueira, enquanto eles terminavam a limpeza do local.
Quando regressei o raio do computador deu um nó cego e fechou todas as paginas da internet que eu tinha abertas, e como tal acabei por ficar sem o que tinha escrito sobre melancolia.
Mas nem pensei duas vezes em desistir do tema, até porque já não fazia sentido neste momento.Há dias em que se chega menos bem a casa e depois dá-nos para divagar sobre assuntos que só trazem tristeza. E de tristeza anda mais de meio mundo cheio.

Hoje tivemos mais um lanche de boas vindas e também de aniversário lá no banco.
Não pense o João C. que se vai escapar de aparecer no Castelo da Mia. É que hoje só não deixei a cabeça no banco porque a tenho agarrada. E uma das coisas que deixei foi a máquina fotografica que registou as boas vindas e o aniversário.
Parabéns para ti novo colega, e que sejas muito bem vindo à nossa equipa.

segunda-feira, março 12, 2007

Simone


Já há longos anos que admiro uma cantora brasileira. Simone Bettencourt de Oliveira
Já tive o prazer de a ver 3 vezes ao vivo, espectaculos magnificos, que nunca mais esquecerei.
Actualmente já não sou tão "vidrada" como era pelas canções dela, até porque a actual fase de Simone não é a melhor.
Mas há várias canções que eu sempre trauteio e uma delas tem algo de muito especial para mim.
Por isso a dedico a quem busca a sua Alma-Gêmea, que a vê em sonhos, em imaginação, mas ainda não a encontrou.
Aqui vai o poema:

Quem é você?
Quem será que me chega
Na toca da noite
Vem nos braços de um sonho
Que eu não desvendei
Eu conheço o teu beijo,
Mas não vejo o teu rosto.
Quem será que eu amo
E ainda não encontrei
Que sorriso aberto
Ou olhar tão profundo.
Que disfarce será que usa
Pro resto do mundo.
Onde será que você mora
Em que língua me chama
Em que cena da vida
Haverá de comigo cruzar
Que saudade é essa
Do amor que eu não tive
Por que é que te sinto
se nunca te vi
Será que são lembranças
e um tempo esquecido
Ou serão previsões
De te ver por aqui...
então vem!
Me desvenda esse amor
Que me faz renascer.
Faz do sonho algo lindo
Que me faça viver.
Diz se fiz com os céus algum trato
Esclarece esse facto
E me faz compreender.
Esse beijo,
esse abraço na imaginação
E descobre o que guardo pra ti
No meu coração
Mas deixa eu sonhar,
deixa eu te ver.
Vem e me diz:
quem é você.

domingo, março 11, 2007

E viva o sol


Sentei-me à minha porta, ao sol, enquanto o meu gato se esperguiçava entre corridas de regozijo pelos raios benfazejos.
Pensei na minha vida, nos meus amigos, nos que me são queridos e olhei o que me rodeava.
Reparo nos vizinhos, no buliço de um local num domingo em dia de sol.
Ouço risadas, muitas vozes, e reparo em dois caniches que brincam, enquanto os donos ansiosos aguardam a altura em que ambos possam procriar. São tão lindos, ambos branquinhos. Concerteza a Nicky e o Tobias vão dar crias bem bonitas.
Reparo ainda num vizinho que se mudou recentemente, é deficiente e passa por mim ao colo de alguém. Não tem pernas, precisa de todo o apoio para se deslocar, e infelizmente os prédios não têm muitas infraestruturas para os ajudar. Olho-o e não vejo qualquer amargura no seu olhar.
Mais adiante estão duas velhinhas de chapéu de palha na cabeça, aproveitam o sol. Estão hospedadas numa das casas do prédio, onde cuidam delas e da sua velhice.
O sol trás vida e alegria neste dia de descanso. Esquecem-se as agruras e toda a gente me parece bem mais feliz.
Nada melhor do que um dia de sol para nos animar, para nos ajudar a ver a vida de uma forma colorida.

sexta-feira, março 09, 2007

Juízos de valor


Não sei o que é sentir rancor, ou ódio. Zango-me muitas vezes, mas de seguida tudo passa. E dou sempre o beneficio da duvida a quem me magôa, ou a quem tem atitudes injustas para comigo.
Mas também não sou masoquista, nem deito fora o meu amor próprio, a minha identidade, e quando as coisas se repetem, aí, esqueço a pessoa que já me magoou mais que uma vez, e de uma forma radical. Não vale a pena insistir, nem pedir desculpas, porque desculpas pedem-se uma vez, e se são aceites não vamos cair no mesmo erro e pensar que vamos novamente ser desculpados.
Nem sempre o juízo que fazemos do que parece aos nossos olhos, nos esclarecerá ou levará à verdade, pelo contrário vai confundir-nos, principalmente se não estamos bem com nós mesmos.
Antes de fazermos juizos de valor, devemos escutar o silêncio, deveremos pensar que existem dois pontos de vista, o nosso e o dos outros. E reflectir bem antes de tomar a atitude de agredir, de julgar, o nosso proximo sem qualquer fundamento plausivel.
Fico triste porque às vezes por coisas insignificantes, ou por julgamentos incorrectos, pomos em risco a essência de uma amizade e a continuidade desta.

quarta-feira, março 07, 2007

Uma fábula


Adorei esta fábula, adaptada de um conto com o mesmo titulo, de Oscar Wilde. E não resisti em partilha-la.
O Rouxinol e a Rosa
Era uma vez, um Rouxinol que vivia num jardim.
Nesse jardim havia uma casa, cuja janela se abria todas as manhãs.
Na janela, um jovem, comia pão, olhando as belezas do jardim. Sempre que deixava cair migalhas de pão, o Rouxinol comia-as acreditando que o jovem as deixava de propósito para ele. e assim criou um grande afecto pelo jovem que se importava em o alimentar mesmo com migalhas.
O jovem um dia apaixonou-se.
Quando se declarou a sua amada, ela disse que só aceitaria o seu amor, se como prova ele lhe desse na manhã seguinte uma Rosa vermelha.
O jovem, percorreu todas as floristas da cidade, mas a sua busca foi em vão pois não encontrou nenhuma Rosa para oferecer a sua amada.
Triste, desolado, o jovem foi falar com o jardineiro da casa onde vivia. O jardineiro explicou-lhe que poderia presenteá-la com Petúnias, Violetas, Cravos, tudo menos Rosas. Elas estavam fora de época, era impossível conseguí-las, naquela estação.
O Rouxinol, que escutava a conversa, ficou muito triste pela desolação do jovem. Teria que fazer algo para ajudar seu amigo, a conseguir a flor.
Assim, a ave procurou o Deus dos pássaros que lhe disse:
- Tu podes conseguir uma Rosa Vermelha para o teu amigo, mas o sacrifício é grande, e pode custar- te a vida!
- Não importa respondeu a ave. O que devo fazer?
- Bem, terás que te emaranhar numa roseira, e cantar a noite toda, sem parar. O esforço é muito grande, o teu peito pode não aguentar.
- Assim farei, respondeu a ave, é para a felicidade de um amigo!
Quando escureceu, o Rouxinol, emaranhou-se no meio de uma roseira, que ficava em frente a janela do jovem e pôs-se a cantar o seu canto mais alegre pois precisava de se esmerar na formação da flor.
Um grande espinho, começou a entrar no peito do Rouxinol, quanto mais ele cantava, mais o espinho entrava no seu peito. O rouxinol não parou, continuou o seu canto, pela felicidade de um amigo, um canto que simbolizava gratidão, amizade. Um canto de dádiva, mesmo que fosse da própria vida!
Do peito da pobre ave, começou a escorrer sangue, que se foi acumulando sobre o caule da roseira, mas ela não se deteve nem se entristeceu.
Pela manhã, ao abrir a janela, o jovem ficou atónito diante da mais linda Rosa vermelha, formada pelo sangue da ave.
Nem questionou o milagre, apenas colheu a Rosa. Ao olhar o corpo inerte da pobre ave, o jovem disse:
- Que ave estúpida! Tendo tantas árvores para cantar, foi- se enfiar precisamente no meio da roseira que tem espinhos, pelo menos agora dormirei melhor, sem ter que ouvir o seu canto chato.
Moral da história:
Cada um, dá o que tem no coração, cada um recebe com o coração que tem.....

terça-feira, março 06, 2007

Uma segunda feira


Hoje foi um dia terrível e cansativo para mim. Desde que soou o primeiro despertador (desperto com 1 radio e 3 telemóveis, e sabe Deus...rs), isto às 6,40h, que eu pensei, vou dormir mais um pouco e esperar por outro toque, pois tenho-os programados de 10 em 10 minutos, para o caso de os desligar definitivamente à primeira. Assim não corro o risco de adormecer. Lá acordei não as 6,40h, mas eram já 7 da manhã. Tenho um acordar muito preguiçoso, não sei o que ando a fazer, as vezes acho que páro no tempo, e quando se aproxima a hora de sair de casa, é que fico tipo barata tonta. Reconheço que é o meu grande defeito, pois se fosse mais regrada em termos de horas, nunca entraria logo em stresse de manhã. Mas não tenho emenda..
Claro que lá fui eu em grande velocidade para o Banco e mesmo assim, como o transito estava caótico, cheguei mesmo em cima da hora.
Hoje, como costumamos dizer em tom de brincadeira, devem ter parado as excursões todas as 8,30 da manhã à porta do Banco. Mas eram carradas continuas, o que não nos deu tréguas.
Mas houve algo que me deixou perturbada. Soube que um cliente nosso, que conheço já há longa data está em coma profundo, devido a um acidente, ou seja caiu de uma camioneta a descarregar bananas e o mais grave é que caiu a carga toda em cima dele. Ninguém sabe o desfecho que o caso terá.
É incrivel, não somos nada, num momento estamos bem, tudo nos corre de feição e no segundo seguinte somos vegetais, ligados às máquinas para sobreviver.
Fiquei mesmo muito triste, e espero que o Sr. Alberto recupere em plenitude.




domingo, março 04, 2007

Não gostei

Estava eu a fazer as minhas pesquisas na net, sobre temas que me agradam. Comportamentos entre as pessoas, etc... etc... etc...
Eis quando reparo que chega uma mensagem para o meu e.mail, e claro que, ao ver o remetente procuro ver o que me diz, que novidades me trás.
Deparei-me com algo que me chocou. Uma foto em que dizem ser a Lili Caneças em fio dental.
Não estou chocada com a pessoa que me envia, de forma alguma, adoro-a e ela sabe bem disso.
Choca-me é a leviandade de quem teve a ideia macabra de iniciar este corropio de e.mails.
Claro que não se trata da suposta pessoa, mas independentemente disso é um ser humano, que já numa provecta idade, bem ou mal, tem toda a coragem de assumir o seu corpo.
Se pensarmos no que fomos e no que nos tornamos, doi muito ver, mas é a lei da vida.
Era bom que envelhecessemos mantendo a aparência da época mais bela, do momento mais alto da nossa beleza exterior. Mas isso é impossivel, como tal vamos procurar ver cada um com a idade que tem, sem a minimizar ou desprezar.
Se as pessoas se expõem ao ridiculo, resta-nos respeitar a forma de ser de cada um, e não expô-lo ainda mais.
Não coloco a imagem que vi, por respeito à dignidade do ser humano que foi fotografado.

sábado, março 03, 2007

Não estou apaixonada, mas gostava

As vezes penso que na vida somos marionetas ( sem o sentido lacto da manipulação, mas no sentido figurativo). Os vários cordeis que nos movem, ou pelos quais nos deixamos mover, são dados por nós às pessoas que queremos façam parte da nossa vida. E criamos a esperança de que os entregamos às pessoas certas. O cordel da amizade, da sáude, da profissão e tantos outros.
Há um cordel, aquele que controla a paixão, o coração, esse não nos é permitido dar a quem queremos, muitas das vezes a quem o merece, pois só damos conta que está ocupado quando já é tarde para sermos racionais. Mesmo quem tem o pelouro dos outros cordeis, nada consegue fazer para o evitar, pois por muito que nos tentem chamar a razão nem sequer os ouvimos, deixamos de lhes dar o controlo e passamo-lo na totalidade para esse alguém que entra na nossa vida, em pezinhos de lã e que quando damos conta já controla toda a estrutura que nos faz mover.
Mas quem não gosta de viver esse estado de dependência?
Lógico que não pode ser eterno, pois é desgastante, mas é eterno enquanto dura.
Sofrer quando termina, faz parte do processo, se não se sofresse pelo fim de uma paixão, então essa paixão não teria valido a pena. Não haveria poetas do amor. Tudo seria cinzento.
O importante é sentirmos a vida apaixonados, pois podem ser momentos mas são momentos em que tudo é cor de rosa a nossa volta.
Viva a paixão