terça-feira, julho 31, 2007

Quase férias

Será que nas próximas duas semanas vai estar bom tempo? Espero que sim, pois para chuva já bastou a primeira semana de Julho, em que estive de férias.
Este ano vai ser a primeira vez, desde que trabalho, que vou ter férias em Agosto. Sempre reparti as férias, uma semana em Abril, 3 em Julho e 1 em Setembro.
Quando aconteceu ter de marcar de acordo com uma equipa, acabei por prescindir da semana de Setembro a favor de um colega, o Pedrinho, e naturalmente passei para Outubro.
Este ano a Paula trocou-me as voltas, pois vai casar em Outubro e além disso precisou da terceira semana que eu ia ter em Julho. Logo marquei as 2 próximas semanas.
É muito complicado fazer férias individualmente. As tarifas para individuais aumentam quase 50%. É um autentico disparate. Vejam o exemplo: Um hotel 4 estrelas na Galiza, quarto Duplo (por pessoa) 135,75 euros. Quarto individual 224,50 euros. E muitos dos hotéis nas épocas altas nem sequer aceitam reservas para quartos individuais. Está errado, pois o utente não tem culpa que os quartos individuais sirvam para quartos duplos e os proprietários queiram ganhar tudo de uma só vez.
Mesmo que não se vá sózinho de férias, não quer dizer que se tenha de partilhar o mesmo quarto. Existe a privacidade de cada um de nós.
Recordo-me de uma situação que se passou comigo num hotel em Lisboa. Ainda não trabalhava no Banco e era Secretária do Director de uma empresa cuja sede era em Lisboa. Todos os anos pelo Natal e uma vez que éramos em menor número na filial do Porto, íamos confraternizar com os colegas de Lisboa. Por norma era a uma sexta feira e ficávamos a noite num hotel para regressar no sábado. Nesse ano, a apresentação do Director do Norte,que era uma pessoa muito exigente em termos de trabalho, prolongou-se pela noite dentro. Ele queria brilhar perante Lisboa e então eu e mais alguns colegas que me apoiavam ficamos a fazer uma directa para terminar o trabalho. Só vim a casa tomar um duche preparar a mala e correr para o Alfa. Na altura, eu andava adoentada, pois era tempo de gripes, e quando cheguei a Lisboa, fui para o Hotel e fiquei a descansar até à hora do encontro. O quarto tinha duas camas e usei uma à tarde e quando cheguei depois da festa, soube-me bem melhor procurar a outra cama que estava bem mais fresca, pois com febre fartei-me de transpirar. Resultado uns dias mais tarde recebemos a factura extra da 2a. cama que utilizei. Cá está a prova de que não há afinal quartos individuais, mas sim os duplos de camas separadas, os quais não podemos dispor na totalidade.
Por isso, e além de não querer deixar o meu gatito, não sei se irei para algum lado nestas duas semanas. Espero pelo menos que esteja bom tempo para fazer uma praia, pois no Norte apesar da água ser fria é muito mais saudável do que as águas do Algarve, pois tem imenso iodo.

quinta-feira, julho 26, 2007

Evolução no Castêlo

O Castêlo da Maia, está a desenvolver-se a olhos vistos. Onde há bem pouco só haviam 5 Bancos, agora há pelo menos 12. Onde, para se comprar qualquer coisa necessária no momento, por exemplo leite, era preciso percorrer ainda um bom pedaço, para ir a um minimercado junto à feira, ou então ao Jumbo, mas aí só de transporte. Agora há pelo menos 2 grandes superficies, sem contar com o Jumbo. Abriu um Heath Club A Casa da Agra, e o Pub A Tertúlia Castelense já presença mais que assídua na imprensa diária, na parte do Lazer. Mais um salão de chá, tipo indiano, em que por cima é uma academia de dança. Já parece uma cidade.
Pena são os acessos em dias de semana, pois só pela estrada nacional Porto/Braga a EN 14, chegamos ao Castêlo, estrada esta que divide duas das freguesias Avioso S. Pedro e Avioso Santa Maria.
Mas novidade das novidades o Castêlo da Maia já tem dois SPA. Então como me apeteceu ir ao cabeleireiro na hora de almoço, acabei por conhecer um dos novos SPA e gostei imenso. Por gentileza da Gerente na próxima 5a feira foi-me oferecida uma massagem de relaxamento com pedras quentes e frias. Vou adorar, pois além da massagem vão-me fazer a avaliação do meu estado físico e aconselhar-me o cuidado necessário para manter o corpo saudável.
Mas apesar de toda a modernice que aparece, esta Vila não perde as características tão próprias das suas gentes. E as bicicletas e motorizadas, usadas por homens e mulheres da terra, ainda são a melhor maneira de circular na estrada estreita e sempre carregada de transito.
Não me posso esquecer que o Metro também é presença no Castêlo, terminando por agora no ISMAI, mas com seguimento num futuro próximo até à Trofa.

terça-feira, julho 24, 2007

Obrigado Amigos

Estou cansada, mas estou feliz.
Saí cedo hoje, pouco passava das 18 horas. Ia já no regresso, mas ainda perto do Banco quando me lembrei que tinha perdido um casaco. Era um casaco de malha branco, que só tinha vestido 2 vezes. Quando sai do carro de manhã, recordo-me de o ter colocado dobrado no braço, mas como quase deixava cair a carteira, nem me apercebi que o casaco caiu e nunca mais me lembrei dele.
Ainda perguntei no café, no restaurante e à D. Conceição se alguém tinha entregue o casaco, mas não. Paciência, mais vale perder um casaco que me magoar.
Então fui fazer umas compritas ao Jumbo na Maia. Andei ... andei .. andei.. ao compasso dos meus pensamentos e do meu olhar, e só quando me começaram a doer os pés, pois estava com saltos altos, é que dei conta de que tinha passado 2h e meia a andar de um lado para o outro a ver coisas. Como é que não me deviam doer os pés? Dirigi-me para a caixa e depois para o meu carro. Como comprei vários cd's de musica, coloquei logo um no leitor do carro e vim feliz da vida a cantarolar.
Estacionei o carro, e às vezes o destino é irónico. Subo ao 3º andar no elevador e quem me abre a porta? Alguém que eu tenho vindo a evitar para não criar confusões. Mais uma vez isto acontece e é algo que me aborrece e bastante. Mas vamos nós mandar nos sentimentos dos outros, é impossível, e muito menos saber a que horas as pessoas saem ou entram em casa, para não nos cruzarmos com elas.
Já refeita, o meu pensamento voltou-se para este cantinho, onde o Zé disse que escreveu um comentário pela primeira vez. Claro que fui logo lê-lo. Fique ainda mais feliz, pois as palavras dele encheram-me de emoções. Não sou nada vaidosa, nem presumida, mas soube-me muito bem ler, e confesso senti orgulho pelo que li.
É bom sentir a presença dos amigos, das pessoas para quem somos uma parte importante na vida delas.
Não vou esquecer o Toni, que está sempre atento à minha pessoa, o Américo, que apesar de estar sem net, sempre que pode me manda noticias com saudades, da Claudia Perotti, de quem eu tenho muito gosto em ser amiga, e que um dia adorava conhece-la pessoalmente, como tal espero venha a Portugal o mais breve possível. E também aqueles amigos que apesar de não me mandarem um e.mail pessoal, mandam com diversos assuntos, mas sei que ao colocar o meu endereço no "para:", se estão a lembrar de mim.
Obrigado a todos pelo vosso carinho.

domingo, julho 22, 2007

As minhas Sofias

Visita à Sofia Ribatejana


Hoje não foi um dia muito agradável para mim. Acordei com uma dor de cabeça enorme, que me indispôs completamente. Só agora e já bem tarde é que a dor está a desaparecer.
Por isso mal saí, apenas para tomar café, e sabe Deus como fui.
Eu penso imenso nos amigos que estão longe, ou perto mas os quais já não vejo há uns tempos, por diversas razões. E lembrei-me de duas amigas, que para mim são irmãs, e que o "destino" nos fez afastar geograficamente.
Uma delas é a Maria do Carmo. Transmontana, médica, mulher de muita garra. Conheci a Mary, quando se casou com um amigo meu. Viviam no prédio em frente ao meu, e como a Mary tinha a família em Trás-os-Montes , acabei por ser o braço direito dela quando teve a Sofia. Logo a nossa amizade cresceu e éramos como irmãs. Já casou tarde e o estar longe da família não lhe dava muita segurança no papel de mãe. Por isso recorria sempre a mim para a apoiar e aconselhar. A Sofia para mim foi como se fosse minha filha. Dei-lhe o primeiro banho, e acompanhava diariamente a sua vida. A médica neste caso era eu, pois a minha experiência como mãe dava segurança à Mary, que sempre que estava aflita me chamava. Infelizmente o marido e meu amigo, ficou muito doente, com esclerose múltipla e tornou-se muito complicado para a Mary viver no stress que vivia. Então decidiram ir viver para Trás-os-Montes, onde a vida era menos agitada e tinham a família como grande apoio. E assim foi, um dia partiram com muita tristeza parte a parte por nos afastarmos. Não cheguei a ver a Sofia completar 1 aninho, no Porto, claro que fui à festinha dela a Carrazedo de Montenegro. Mas não era a mesma coisa que as ter ao meu lado. Uns anos mais tarde o meu amigo, pai da Sofia faleceu, com 38 anos.
Agora vamo-nos vendo de quando em quando, sei sempre delas, a Sofia faz 18 anos em Novembro. Por ironia do destino tenho uma cliente no banco que está muitas vezes com a Mary em congressos de medicina e é portadora dos nossos beijinhos.

A Tininha, tiriri, como lhe chamamos, uma ribatejana, mas mais parisiense, pois viveu a maior parte da sua vida em Paris. Foi amizade à primeira vista.
É mais uma irmã, além de ter sido minha cunhada. Desde que nos conhecemos, que fomos cúmplices, falávamos de tudo, apoiavamo-nos, éramos inseparáveis quando estávamos juntas.
Um dia a Tiriri disse-me que tinha um namorado, fiquei muito feliz por ela, e mais tarde aconteceu a grande novidade, estava grávida. Que feliz fiquei. Fui acompanhando a gravidez, sempre que me era possível, pois a Tiriri mora em Santarém. Mas mais uma vez o "destino" afastou-me dela. Pois separei-me do irmão e como tal as coisas passaram a ser diferentes. Dantes ia quase todos os fins de semana para a beira dela, depois isso terminou.
E um belo dia nasceu a Sofia. Claro que fui logo vê-la no dia em que nasceu, pois era fim de semana e pude ir. A Sofia já vai fazer 2 anos em Outubro e depois do nascimento só a conheço por fotografia, que recebo com assiduidade da Tiriri. Este verão tenho de ir visitá-las, pois as saudades são muitas.
Não é irónico "perder" quatro pessoas que tanto gosto? E duas Sofias? Sabem como se chamaria a minha filha se eu tivesse sido mãe de uma menina? Sofia, mas também ela não fez parte da minha vida, por muito que eu a desejasse.


sábado, julho 21, 2007

Carrocel




Hoje fui andar de carrocel. Há quantos anos já não o fazia.
Tudo por um acaso, mas que foi divertido foi.
E com quem fui, claro que com o Zé e o filhote João, pois precisávamos ir a Custóias fazer uma troca, e qual o nosso espanto, havia festa.
Criança é assim mesmo, vê carroceis e não resiste a entrar neles. E depois do João andar no dos pequeninos resolvemos ir os 3 andar no dos grandes. Pois nós grandes temos sempre uma criança dentro de nós.
O João já me conhece, quando vai ao Banco esperar o papá, mas claro está habituado a ver-me de uma forma profissional. Hoje viu-me em fim de semana, descontraída e a participar com ele em actividades que lhe deram muito prazer.
Então quando saíram da minha beira para irem para casa, o Zé perguntou ao João se a Mia era simpática. Ele parou e passado um bocado disse ao Pai: É muito jeitosa. Claro que o Zé ligou-me para contar que eu tinha conquistado um admirador.
Esta criança tem 5 anitos, é encantadora, muito bonito, no seu cabelo loiro e olhos verdes. E claro que me deu alegria saber que ele gostou de mim, pois adoro crianças e adoro transportar-me para o mundo delas, para as brincadeiras e traquinices.

sexta-feira, julho 20, 2007

Fim de semana

Fim de semana
.
paz
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tranquilidade
.
opções
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encontros
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o dispor do tempo
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o tempo ao dispor
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amigos
.
família
.
só ....

quinta-feira, julho 19, 2007

Estou a conseguir


Bom, tenho a dizer que pelo menos até hoje, fui sempre a primeira a chegar ao Banco. Até o meu amigo Zé conseguiu chegar a horas a partir de 3a. feira. Somos tão parecidos que nos entendemos nestas coisas. Mas há que lutar contra elas. Mas nem imaginam o sono com que ando, e quanto eu anseio pelo fim de semana.
É que não pensem que vida de bancário é fácil. Pois aquela história de sair as 16,30h era no antigamente, quando os bancários eram "senhores". O dia, desta semana, que saí mais cedo foi hoje e já eram 19h. E foi porque me "obriguei" a sair, pois há sempre imensas coisas para fazer.
Ainda no sábado eram 23,30h, tive de ir ao banco, pois ligaram da segurança por algo que não estava bem, houve uma falha de energia e destrambelhou o sistema de alarme. Então lá foi a Mia, a rezar a todos os Santos, para que tudo estivesse bem. Felizmente liguei a um dos Santos, o Zé Santos, que foi impecável e foi lá ter comigo, com a esposa e, o filhote já a dormir no carro, para que eu não estivesse sozinha. Mas tudo correu bem, felizmente, e pude voltar para casa sossegada.

terça-feira, julho 17, 2007

Regresso

Mas que bem me soube, chegar a casa após o meu primeiro dia de trabalho depois das férias.
Penso que é do gosto geral, chegar a casa, tirar os sapatos e em seguida a roupa do dia.
Não foi o melhor dia do mês, para regressar ao trabalho, mas apesar de todas as vicissitudes correu bem.
Hoje fui a primeira a chegar ao Banco, será que é para valer? Será que me vou começar agora a portar bem em termos de horários? Optei por uma solução, acordar uma hora mais cedo, e aquela fase em que ando a dormir na forma, passa no entretanto.
É de loucos, quem precisa acordar às 6 da manhã, para sair de casa as 8 menos 5? Só mesmo a Mia.

sexta-feira, julho 13, 2007

Injustiças


Hoje preciso de me penitenciar.
Descobri que cometi uma grande injustiça com a pessoa que eu mais amo. O meu filho.
Não foi por leviandade, mas pelas circunstancias, mas mesmo assim não minimiza a minha injustiça.
Sinto-me feliz, por saber que ele falava verdade, mas demasiado triste por não ter acreditado na sua palavra.
Felizmente a verdade foi reposta.
Odeio ser injusta. Mas talvez isso me faça entender as injustiças porque já passei.
A maior injustiça que me aconteceu, tinha eu 10 anos. Frequentava o 1º ano do Liceu. Sempre fui uma criança alegre, extrovertida, logo dava nas vistas. Mais ainda porque o meu Pai, em 1968, me dava 50$00 por dia, o que na altura era uma fortuna para uma criança de 10 anos.
E as colegas da turma apercebiam-se de que eu tinha sempre dinheiro. Um belo, mas macabro dia, faltou dinheiro a uma colega. A professora no final da aula falou do assunto. Mas como eu tinha boleia do meu tio para ir almoçar a casa, resolvi sair da aula a correr. De tarde quando regresso, sou chamada à dita professora que sem mais nem para quê, me acusa de ser a ladra.
A chorar que nem Madalena arrependida, digo-lhe que nunca roubei nada a ninguém. E nunca mais me esquecem as palavras dela: - Se estás a chorar é porque foste tu.
Este episódio mudou radicalmente a minha vida. Adoeci e deixei de ir às aulas. Chumbei por faltas.
No ano seguinte começou o ciclo preparatório. Mudei de escola, mas a adaptação foi muito complicada para mim. Tinha medo de que me voltassem a acusar. Quando terminei o ciclo, regressei ao Liceu, e por azar ou sorte, encontrei algumas colegas dessa turma onde tinha sido acusada. Entrei em pânico e isolei-me. Em casa dizia que não queria voltar à escola. Foi um drama.
Um dia uma dessas antigas colegas, chegou perto de mim, e humildemente pediu-me desculpa.
Então contou-me que após eu ter saído do liceu, os roubos continuaram. Por fim descobriram a ladra. Nunca mais na vida me vou esquecer da Orlanda, que me fez pagar inocentemente.
Ainda hoje eu sofro as consequências de ter sido acusada injustamente.
Agora entendo que muitas vezes as circunstâncias são inimigas do inocente. Mas a verdade é como o azeite, mais cedo ou mais tarde, vem sempre ao de cima.

segunda-feira, julho 09, 2007

A rifa


Que tempo tão ventoso que está para ir à praia.
Hoje precisava tratar de uns assuntos e só as 5 da tarde fui até a um bar, que é agradável, e quem é do Porto, conhece, O Lais de Guia.
Estava impossível estar na esplanada, a areia, muito fina da praia de Matosinhos era elevada a pelo vento a uma altura que nos atingia. Tomei um sumo e vim para o carro.Que pena.
Andei então a deambular pela cidade de Matosinhos, a ver lojas e a gastar dinheiro.
Um dia destes uns vizinhos, apanharam-me e fizeram-me sentar na esplanada do café cá em baixo de casa. Para não ser desmancha prazeres lá me sentei, e claro, diverti-me e diverti. Uma vizinha tenta vender-me uma rifa, eu lá comprei, mas não muito confiante.
Hoje quando cheguei a casa as 20h, passado um pouco bateram-me à porta. Como estava ocupada, não fui ver quem era, mas em seguida fui ver se ainda via alguém.
Era a vizinha da rifa, o prémio tinha-me saído a mim. E já andava atrás de mim há uns dias para me entregar o dinheiro 35 euros.
Fiquei admirada, mas claro que aceitei. Ah o número que joguei foi o 38.
Ps. E vi agora, felizmente que não deitei fora, pois não tinha conferido bem, e já era para ter sido lixo, que tive mais 9,79 euros no euromilhões.

O frango

Hoje tive de ir comprar um teclado novo, pois o que tinha deu o berro final. Ainda o tentei desmontar, mas como não tinha chave de estrela à mão, e com pouca vontade de ir ao malote das ferramentas, desisti e fui às compras.
Eram já mais de 21 horas quando isso aconteceu. Vim para casa e já cá está a funcionar a 100%. Tem um pequeno senão é preto, por um lado é óptimo pois não se suja tanto, mas não gosto de olhar as teclas tão escuras.
Um destes dias ofereceram-me no Castêlo da Maia um frango caseiro, foi a D.Conceição, uma castelense muito suigeneris. É um ExLbris do Castelo.
Das primeiras telefonistas dos antigos TLP, agora reformada, vive quase em frente ao Banco. Conduz uma carrinha enorme, que por incrível que pareça não sei a marca, pois não ligo a esses pormenores.
Vive com o filhote mais novo, de quem cuida com todo o carinho e esmero.
Quando conheci esta senhora, fiquei aterrada com a forma de ser e estar dela. E ela também não foi com a minha pessoa, aliás colocou-me uma alcunha, “a esticadinha”. Tem um defeito, que eu já não acho defeito, mas feitio, se não gosta de uma pessoa, não perdoa o mínimo revés. Como ela diz, por bem dá a camisa do corpo, por mal saiam da frente.
Então muitas vezes chama a GNR para os carros que estacionam junto da garagem dela. Assim aconteceu comigo. Tínhamos saído do banco e fomos a convite de um cliente à festa da Santa Eufémia, comer um bacalhau assado. Como fomos todos num carro deixei o meu bem junto à casa da D. Conceição, mas sem estorvar.
Vou contar como ela faz. Liga à GNR e pede para virem multar um carro que está a impedi-la de sair da garagem. Lá vêm os GNR´s, mas o carro em questão já não está lá, nem nunca esteve. Então eles para não perderem a viagem, multam os que lá estão próximos, pois apesar de não estorvar não é local permitido estacionar. Por isso o meu foi "apanhado", como ela queria.
Eis que chegamos da festa e vejo uma multa no meu carro, e vi logo quem tinha sido a causadora. Estava na altura com uma amiga cujo irmão tem um cargo considerável na GNR, e que após o telefonema da irmã, a multa é sanada.
A D. Conceição estava à cuca para ver o que eu fazia quando chegasse. E até nem é do meu feitio, mas naquele dia e após a provocação dela, a dizer para a próxima é pior, deu-me cá uns suores e disse-lhe: - minha senhora, não lhe valeu de nada o esforço, a multa já era. E desandei, a pensar, estou tramada, vai fazer-me a vida negra.
Mas não, passados uns dia a D. Conceição, chegou perto de mim e disse-me, com palavras que eu por educação não coloco aqui: - ah.. meu c…., f….. bem, és das minhas. E a partir desse dia a D. Conceição enche-me de mimos.
Mas falei na D. Conceição, pois neste momento estou a cozinhar o frango que me ofereceu, tenho receio que se estrague, e coisas caseiras e de confiança é raro encontrar hoje em dia. Vou ter frango para uns tempos, mas cozinhado e depois congelado não se estraga.
Amanhã dia 9 de Julho é feriado no Castêlo. São as festa da Nossa Senhora do Bom Despacho da Maia.

quinta-feira, julho 05, 2007

O feitiço da rosa


Ainda a luz do dia ia alta quando a rosa fechou suas pétalas, de um vermelho carmim, ao mundo.
Todas as outras flores do jardim se espantaram e a interrogaram sobre a sua decisão.
Mas a rosa não ouvia nada, nem ninguém. Enfiou-se num mundo que era só dela, apesar de viver num local cheio de seres semelhantes, e onde muitos a admiravam e amavam.
As urtigas e as ervas daninhas gostaram da decisão, era menos uma a ofusca-las. Como se alguma vez ervas daninhas pudessem brilhar.
Os pássaros que tinham seus ninhos nas seculares árvores do jardim começaram a sentir falta daquela rosa tão especial, que costumava sorrir sempre, e ajudar no que podia quem dela precisasse.
Os pássaros jamais a esqueceriam, pois quando um dos filhotes caiu do ninho, a pequena rosa mesmo perdendo uma das suas perfumadas pétalas, amorteceu a queda do infeliz e evitou a morte certa.
Mas à noite, quando todo o jardim dormia a rosa abria-se, olhava a lua e absorvia o orvalho. Olhava ao seu redor e via os seus amigos, em sono sereno e chorava, pois sentia a falta deles.
Numa noite chuvosa, a rosa, amedrontada pelos trovões, nem deu conta de um pequeno pássaro que pousou na cerca do canteiro onde ela vivia.
Quando o pássaro lhe falou, a rosa começou a fechar-se, mas de imediato uma suave melodia encantou a rosa, que se deixou embalar.
Todas as noites, cada vez mais tarde o pássaro pousava na cerca e fazia um belo trinado, e a rosa embalada na melodia ia sonhando, sem dar conta que a cada dia se fechava mais tarde para o mundo já depois de todos acordarem.
Todos assistiam, mas ninguém perturbava aquela magia, felizes por verem que a rosa ia tomando o rumo certo, nem os pássaros voavam, nem as abelhas recolhiam o néctar, até que ela se fechasse.
E deu-se o milagre, a lua ainda se despedia do sol, quando o pássaro começou a sua melodia. A rosa não a queria perder, e qual não foi o seu espanto, pois não era um pássaro, eram todos os seus amigos em uníssono que lhe faziam uma bela serenata.
Ainda agora ninguém sabe o porquê da atitude da rosa, mas uma coisa ficamos a saber,
A Amizade faz milagres. É muito bom ter Amigos.
Obrigado pela tua amizade
Mia

quarta-feira, julho 04, 2007

Final do dia


Tinha chegado da praia, escrevi o post anterior, e deu-me uma moleza enorme, que me fez ir até ao sofá. Liguei o vídeo, pois agora é uma óptima altura para ver os que ainda não vi, e são bastantes.Esperava que o meu amigo Zé me ligasse, pois queria saber como tinha corrido o exame dele.Eis que toca o telemóvel conversa pra lá conversa pra cá, e diz-me o Zé. Fiquei sem gasolina. Naquele carro que apitava nas curvas e agora nem nas curvas nem nas retas, pois o Zé tirou-lhe a buzina. Tenho de ressalvar que este carro é a menina dos olhos do Zé, pois quando fomos à Quinta do Visconde da Várzea, ele levou o outro carro que tem. E tirando o facto de agora não ter buzina, não ter um espelho lateral além de mais anormalidades, o carro tem bom aspecto.Então lá me prontifiquei eu a levar a gasolina, pois amigo é assim mesmo, não pensa, age.Estava o Zé na IC24 a caminho de casa dos pais para ir buscar o filhote. Lá fui eu à Estação de serviço e em 20 minutos cheguei à beira dele.Parado na berma, claro que com o seu colete reflector, lá vi eu o amarelinho, e o carro empanado. Encostei dei-lhe a gasolina e como sai do carro, vesti também o colete, que dá para duas Mias. Ficamos tão castiços os dois amarelinhos.Bom, gasolina no depósito e toca a despedir-nos pois ele ia pela A3 e eu invertia para a A28. Virei junto às antigas portagens no local da Brisa e da GNR. E o Zé seguiu-me. Paramos, e o Zé, só cismava que estava em divida comigo. Mas nem 1 minuto estivemos juntos porque fomos abordados pela Brigada de trânsito a informar que não podíamos estar ali parados. Cada um foi a sua vida e eu já na A28, resolvi dar meia volta e ir pelo caminho que o Zé tomou, pois era bem mais perto para minha casa. Então voltei a virar e voltei às antigas portagens, isto era o que eu pensava, pois de um momento para o outro não podiam ter voltado a funcionar. Fiquei aterrada, pois não fazia ideia onde ia parar. Mais à frente vi a placa de quilómetros para a localidade mais próxima, Santo Tirso.
Estava realmente na A3, mas em sentido contrário. Desatei às gargalhadas e liguei ao Zé a contar-lhe. E quando dei conta estava numa fila enorme de trânsito que andava e parava. Demorei mais de 1 hora a fazer um percurso de 15 minutos. Mas nunca me senti tão divertida numa fila interminável de carros.
Ainda liguei ao meu amigo Toni, que se fartou de rir com a situação.
Bom, saí de casa eram umas 19,10m, cheguei a casa eram 21,30h. E na volta esperava-me o mesmo martírio, pois há problemas de estreitamento de vias com as obras. Regressei pela estrada nacional que liga Santo Tirso á Trofa e Trofa ao Porto e cá cheguei eu sã e salva.
Deus colocou-nos um no caminho do outro, mas deve ter sido para se divertir com as nossas peripécias. Pois Deus também tem sentido de humor, felizmente.

Ainda A Casa do Caminho

Estou triste, pois não tenho feed-back de que algum dos meus amigos tenha aderido a este meu pedido.

Por isso, e agora é mesmo a sério, quem conseguir mais sócios para a Casa do Caminho (devidamente comprovado, mediante recibo de pagamento) fica desde já convidado para um jantar preparado por mim. E não pensem que não adoro cozinhar, ou que vou buscar ao restaurante da esquina. Gosto imenso de o fazer e muito mais caprichado, pois por uma boa causa o jantar tem de ser de festa. Se não quiserem o meu jantar, terei todo o gosto em o oferecer num restaurante (à minha escolha).

Por isso falem com amigos, vizinhos, increvam-se 2 vezes, pintem a manta, mas contribuam para este projecto que tantas crianças tem ajudado.

Já repararam que hoje há Sol. Eu até fui à praia e apesar do vento, estava muito bom.
Como foi o primeiro dia tentei não me expor demasiado, nem estar muito tempo. Pode ser que continue a poder ir à praia se o Sol não for embora e voltar a chuva.

Mesmo assim, com todo o cuidado fiquei já com marcas, o que não devia acontecer e o que quer dizer que com o Sol não se brinca.


Mas foram 4 horitas bem passadas, fui-me molhar e a água até que nem estava fria (bom é melhor que um algarvio não leia isto). Li, coisa que adoro fazer. Neste momento estou a ler, o Outro Pé da Sereia de Mia Couto. E aconselho.

Bom e esperando que não passe em branco o meu desafio, desejo a todos as maiores felicidades do mundo.

terça-feira, julho 03, 2007

A casa do caminho

Mia (com 8 anos)

Nuno (meu filho, com 6 anos)

Estas crianças tiveram uma família.

Mas que tempo para férias que me saiu na rifa. Mas costuma-se dizer que nada acontece por acaso. E hoje foi o dia em que me fiz sócia de uma grande Associação para crianças A CASA DO CAMINHO.
O que é a Casa do Caminho? Vou transcrever o que escrevem no próprio site.

"A Associação A Casa do Caminho é uma instituição particular de solidariedade social que funciona 24 horas por dia durante todo o ano, para acolher CRIANÇAS em perigo, vítimas de maus tratos, negligência ou quaisquer outras formas de violação do seu desenvolvimento ou dos seus direitos.Os representantes da instituição face à problemática social e ao crescente número de crianças em perigo, procuraram criar condições que permitissem o acolhimento integral e harmonioso de cada criança até à concretização do seu projecto de vida.No entanto, os pioneiros deste projecto tiveram consciência de que não bastava a boa vontade dos voluntários, as campanhas ocasionais, os chás e jantares eventuais para arrecadação de fundos. A todas essas acções era necessário adicionar o conhecimento profundo de profissionais especializados, com capacidades técnicas e operacionais específicas para um trabalho efectivo e, sobretudo, gente solidária, dedicada e pronta a dar resposta às solicitações destas crianças.Mas são as “alegrias e as tristezas”; os “sorrisos e as lágrimas”; a “coragem e o desânimo”; a “passividade e a esperança”, os “encontros e desencontros” de tantos seres ligados por tão fortes emoções que nos dão uma força renovada de prosseguir esta caminhada.Por tudo isto, pedimos a Deus que abençoe todos aqueles que, ao longo destes anos, duma forma generosa e desinteressada, têm contribuído solidariamente, para engrandecer e dar continuidade ao projecto da “Casa do Caminho”."

Então o que é que eu gostava que acontecesse? Costuma-se dizer que grão a grão enche a galinha o papo, e neste caso uma migalhinha de cada sócio não resolve, mas ajuda.
Eu já fiz um pouco, do mais que ainda espero fazer, que foi inscrever-me como sócia, e tu? Vá lá. A quota mínima se fizermos contas de de 1,6666 € por mês, ou seja 20 euros anuais. Quantos euros desperdiçamos sem beneficio algum? Sejamos solidários com uma causa que é tão humana.

As crianças são o nosso amanhã.
Felizes as que têm uma família.

Aqui vai o link para se inscreverem.


Já há muito tempo que a casa do caminho estava no meu pensamento. É muito perto de minha casa, e sempre pensei em visitar esta obra. Nunca o fiz até hoje, mas vou fazê-lo.
Esta decisão foi fruto de um comentário do João Cordeiro, a ele o meu obrigado.

domingo, julho 01, 2007

Férias

Finalmente um domingo em que não penso que no dia seguinte vou trabalhar. Mas que bem que sabe.
Isto porque estou a começar o meu primeiro período grande de férias, pois em Agosto tenho mais 2 semanas.
O tempo não está muito de acordo com férias grandes, nesta altura deveriamos ter sol e boas temperaturas, mas se calhar é cá no Norte, mas a ver vamos como o tempo se comporta.
Hoje estou sem inspiração para escrever, e como passei um bom tempo a ver um site de fotos curiosas, resolvi colocar aqui algumas.
Se quiserem passar um pouco, ou muito tempo a ver fotos e videos é só ir a este endereço:

http://www.funpic.hu/

Tem fotos girisssimas divididas por temas. As que coloco aqui são de crianças e talvez uma de um reclamo.
Cá vão.