quarta-feira, outubro 10, 2007

Podia dar-me para pior


Hoje apetecia-me escrever, sem parar, tudo o que sinto e se coubesse colocava numa garrafa arrolhava e atirava-a ao mar.
Onde iria parar? Quem a leria? Entenderia as minhas palavras? Procurar-me-iam?
Não creio... concerteza achariam que era uma brincadeira de alguém que anda a ler muitos livros do Nicholas Sparks.
Mas era uma experiência interessante. Quem sabe num futuro longínquo, quando a Mia fosse apenas pó, alguém resolvesse cuscar as minhas memórias.
Bom, agora passei para as Pontes de Madison County, o primeiro romance de Robert James Waller, adaptado ao cinema por Clint Eastwood. Conhecem a história? Concerteza que sim. Penso que na altura em que viram o filme, ou leram o livro todos se sentiram vacilantes nos seus padrões de cultura e apoiaram algo que recriminavam. Quem não desejou que o final do filme fosse a Francesca a partir com Robert? Mas a moral prevaleceu, pois assim teria de ser. O que seria o filme sem esse final?
Tenho os meus princípios morais, às vezes até um pouco rígidos demais, mas vivi esse filme de uma forma tão intensa, que para mim, o mais importante, antes de todas as regras e princípios, o mais importante era o Amor que unia duas pessoas, e que uma delas por dever, deixou escapar

12 comentários:

Anónimo disse...

Olá Mia, é lindo o filme, vi e recomendo, quem sabe se não tinha razões para o fazer...a falta de coragem, por vezes trama-nos e talvez essa tenha sido a razão de ter abandonado o marido e os filhos. Uma coisa é certa, é um filme, certo, e por isso o resultado é uma história apaixonante e profundamente comovedora. Bjs

Anónimo disse...

Mia:
Difícil de comentar...
Sabes, devia ser bom, atirares a garrafa ao mar..
Já vi o filme, mas ,confesso, não li o livro.
Mas, como tu dizes o mais importante era o Amor...
Beijinhos
Toni

quintarantino disse...

Ó Mia, como foste capaz de adivinhar que esse é um dos enormes filmes do Eastwood que mais adoro? Tu... sua marota!

Eva Luna disse...

o filme é bonito sim... mas... se o mais importante é o Amor, pq é que o dever se meteu no meio?! e pq é que teve mais peso?!
Não percebo nada de amor... mesmo...

Anónimo disse...

AMOR À PROMEIRA VIS(I)TA...

O fotógrafo da fita
As pontes vai retratar;
Viu uma cara bonita
E tratou de a engatar…

Estava ela bem carente
De um encosto a precisar;
Que o marido estava ausente
E deu-lhe cama e jantar.

Ele aceitou a oferta,
Recusar é desprimor;
Viram a ponte coberta
E fizeram muito amor…

Tirando as fotografias,
Com o marido p’ra vir,
Ao fim de dois ou três dias,
Ela pensou em fugir...

Mas no momento final
Acabou por optar
P’la rotina conjugal
E permaneceu no lar.

E fica aqui em resumo
Este romance de amor,
Escrito para consumo
Do vulgo consumidor.

No final – já me esquecia –
Que muitos anos depois,
A filha descobriria
Fotografias dos dois.

Esta história trivial,
De comédia tem contornos,
Pois se reduz afinal
A um tipo com um par de”adornos“!

Cathrine disse...

this movie is (or at least was) a passion for me ;-)

the book is poorly written but I admit I still loved it ;-)

João Cordeiro disse...

Mia, excelente escolha. Um belo filme.
O livro confesso que não li.

O amor tem destas coisas... deveriamos sempre segui-lo.



Beijos sonhadores

dulcineia disse...

deve ser agora que vou ser apredejada... as pontes de maddison county, foi há muitos anos que esse filme passou no cinema e que eu por engano (sim, era para ir ver outro filme noutra sala ao lado) lá caí. na altura... achei um tédio e saí sem o terminar... talvez agora com mais idade visse as coisas de forma diferente? não sei... :-)

Purpurina disse...

Já vi este filme algumas vezes e não me canso de o ver, é de facto uma grande lição de vida e de amor...

Beijinho amiga

EMESILVA disse...

ocupei um serão recentemente, vendo esse filme,fiquei ligado pela noite dentro, pois contempla uma história magnifica.

o amor tem que ser regado todos os dias.....

abraço...

' Claudjinha disse...

Se a história acaba mesmo como dizes... não concordo nada... o Amor devia ter-se sobreposto ao dever... é por essas e ppor outras que às vezes digo que os ditos 'valores e principios', estabelecidos segundo um modelo de perfeição e que a sociedade nos 'impinge', é na maioria das vezes uma condicionante à nossa LIBERDADE!

beijinhos

Anónimo disse...

Esse filme..a adaptação contemporânea de "O Primo Basílio"... Eça bem tentou alertar as mulheres para a o que hj se denomina "inteligência emocional"..mas ainda há um longo caminho a percorrer!Quando vi esse interminável filme, questionavava-me sempre "e se fosse a situação inversa"? Aposto que o filme era bem mais breve. Amor? Naa..deslumbramento. Ela teria de deixar tudo ..e o que faria o sr fotógrafo? De que se propos ele abdicar? E se o fizesse..tornar-se-ia mais um..igual ao marido.Amor, para mim, é continuar a admirar e a ver excelência na pessoa que temos e continua ao nosso lado por mais "retratistas" que nos apareçam na vida (e aparecem).Prefiro a constância de uma estrela à fugacidade de unsmeteoritos.Importa contudo que a primeira premissa esteja lá: que Ele seja quem eu quero e não com quem me deslumbro ou contento. Daí a maturidade e inteligência emocionais.
Marta Mesquita