terça-feira, dezembro 11, 2007

Parabéns Filho



Fui mãe precisamente há 28 anos e nesta hora, 19h,40m.
Foi na Ordem do Carmo. No dia anterior, fui sair e comer uns petiscos a uma tasquinha, desejos de grávida, e nessa mesma noite mas já 1 da manhã do dia 11 de Dezembro de 1979, comecei a sentir as primeiras dores. Como não eram aflitivas, mas me impediam de dormir, passei a noite a ler banda desenhada. Eram 8 da manhã e conforme tinha combinado com o médico, lá fui para a Ordem.
Como a criança não nascia naturalmente, induziram-me o parto. As dores fortes começaram, mas nada de criança. E estive assim, com dores terríveis até à hora que o Nuno resolveu vir ao mundo. Sei que estavam imensas pessoas, amigas e familiares, e que algumas acabaram por assistir ao parto, foi uma festa.
Só faltou a minha mãe, que estava a ser operada no hospital de santo antonio onde fez uma histerectomia total com 47 anos.
Mas para além das minhas amigas, tinha o apoio das minhas tias que não me deixaram só nesse momento.
Ser mãe, de forma natural é doloroso, são dores intensas difíceis de descrever, mas todas estas dores são antes do nascimento, pois ao nascer não dói nada, é como se diz um alívio. A preparação do corpo a dilatar para que a criança caiba ao passar, isso sim é dose e forte, depois do corpo estar pronto para a criança nascer, nada mais se passa, a não ser a felicidade de vermos o nosso filho depois de o ter sentido e carregado durante 9 meses.
Tenho pena de não ter voltado a ser mãe, mas a vida assim o estipulou. Sou filha única e sempre desejei ter uma enorme família.

6 comentários:

José Faria disse...

Olá amiga Mia!
É a lei da vida de cada vida, de cada ser.
Quanto a ser filha única, nunca soube nem nunca saberei como é isso.
Pois fomos dez, e de tal maneira foi interessante a casa sempre cheia e às vezes "guerrilhada", que a minha mãe até tinha dificuldades em se lembrar de algumas coisas.
Imagina eu criança no tempo em que o "infantário ou OTL" era na rua a jogar o peão, andar de arco e de outras brincadeiras sem horário, e que ao chegar a casa, deveriam ser para aí umas 16 horas, ea minha mãe pergunta-me: - Tu vieste comer ao meio dia?
Eu estremeci, vi logo que já era muito tarde, mas para não sofrer recomentações ou levar uma bofetada, respondi: - Vim mãe, claro que vim, não se lembra?
E eu com a barriga a dar horas, pensava que eram 12 ou 13 horas, e já eram quatro.
Mas nessa altura também nãop me perdia, nos campos haviam sempre ou cebolas, ou cenouras, ou rebentos das rozeiras ou das ramadas, fruta.
E depois eramos tão pouquinhos que casa pequena não cabiamos todos à mesa.
Logo, quantas veses tinha que pegar no prato e vir acabar de jantar para o quintal, porque a minha mãe, dizia-nos, a mim e a outros irmãos aindacrianças: - Levantem-se e deixem sentar-se os vossos irmãos que veem de trabalhar!

Vês, não podes contar destas histórias porque as não viveste.
E quantas mais tenho na algibeira!

Beijos

Nocas disse...

Mia,muitos parabéns para o teu filhote e para ti também, afinal tb é dia de felicitar a mamã...Beijinhos...

Tiago R Cardoso disse...

Nesse caso parabéns aos dois.

Sara Hendrix disse...

Uau já vejo que em casa vai haver festa. Espero que seja rija. Bjs e manda-lhe parabéns meus.

Anónimo disse...

Amiga:
Afinal voltaste! Ainda bem que pela melhor razão, ou seja, pelo filho que deste à luz.
Parabéns aos dois!
Parabéns a ti que o tiveste e parabéns a ele pelo seu aniversário.
Beijinhos
Toni

quintarantino disse...

Tarde, mas aqui ficam: parabéns aos dois!