quarta-feira, novembro 08, 2006

A um ilustre desconhecido


Ontem recebi uma mensagem em forma de poesia, que gostei imenso, por isso pedi ao autor para a publicar. E aqui vai:

3:07
a noite vai longa
os ouvidos zumbem no silêncio quente
e o clic do relogio na parede
mal se ouve no sopro do pc

lá fora um carro passa rápido
e a rua molhada soa-me a anacronismo
pois é o meu coração que rola molhado
no frio e esquecido breu do asfalto

enquanto estou a esta hora
aqui a desenhar e nas teclas
volteio os teus cabelos docemente
pra não te acordar
como um queixume, calado,
um diafragma sempre a empurrar

e estilhaço o tempo, cortado
à espera de ligar
a alma à mão,
o desejo, ao coração

e é então que, devagar
abres teus olhos
doces de chorar
e no teu halito
encontro o eterno retorno
do lugar onde
este mundo quero lembrar
3:41
me, myself, I

De him, himsef and he - vulcão azul

Obrigado pela gentileza
Mia

2 comentários:

Anónimo disse...

fiquei um "bocadico" mais "interessadico" em quem está dentro deste "castelico"...

o "ilustrico conhecidico"

' Claudjinha disse...

Isso é definitivamente AMOR.