Peripécias

Hoje acordei às 5,30h da manhã, fresca que nem uma alface. Como era muito cedo e só precisava começar a tratar de mim 1 hora depois, fiquei a ver televisão.

Continuo a ser pontual na chegada ao Banco, nunca mais me atrasei, excepto hoje, imaginem só, mas o atraso não foi grave. E hoje apeteceu-me caprichar, pois quantas vezes acabo de colocar uma ligeira maquilhagem já no banco, e quantas vezes vou com o cabelo a pingar.

Pois a a minha segunda feira foi como mais ou menos previ. A chegada do meu colega Pedrinho, foi uma bênção. Mas ele chegou ao fecho do Balcão já a pedir outra vez férias. Foi um "baptismo" de chegada para o Pedro, que acredito mesmo que já precisasse de férias outra vez.

O meu dia apesar de tudo foi pacífico, apesar de ter ido almoçar às 2h da tarde.

Ás 16h saí, pois fui para o workshoop no Palácio Atlântico com o meu Chefe.

Para não irmos em dois carros e como ficava em caminho (mais ou menos) deixei o meu carro em casa e esperei pelo João. Mas estava estranho ele nunca mais chegar à minha beira, pois tinha saído logo em seguida. Resultado perdeu-se.

Por fim lá fomos enfrentar o transito caótico da baixa Portuense. Mas não fomos os últimos a chegar.

Eram já quase 20h quando regressamos , e como eu sei que o João tem deveres e horários a cumprir com a família, eu para lhe poupar tempo resolvi sair em plena via rápida, para ele não fazer um desvio imenso até minha casa. Pensava eu que havia uma saída, ainda que mal amanhada para a rua onde eu vivo, e existiu em tempos. Estão a ver-me andar uns 500 m já sem hipótese de chamar o João e sem caminho para sair da via rápida?
Foi um filme, eu com tacões fininhos, como se vê na foto, a rezar a todos os Santos para que houvesse um bocadinho de arame farpado roto para eu passar. Eram buzinadelas a torto e a direito e eu aí resolvi passar para dentro dos rails, onde havia um declive imenso de terra batida mas nada de passagem. Ia-me agarrando aos reflectores e aos rails para não cair. Já a pensar que não tinha qualquer hipótese, nem sequer de subir à parte mais baixa da passagem aérea, continuei a caminhar, ia já a descalçar-me, quando vi a minha saída, ou seja uma parte que ainda não tinha arame, só o muro de betão. Abençoei aquele bocadinho que me ia levar à liberdade, não sem antes sentir um puxão nas calças, que ficaram presas a algo que nem eu sei. Lá desci aquele declive, saltei ao muro e do muro à estrada. Resultado, os sapatos vão para o lixo pois dei cabo dos tacões. O fato apesar de tudo safou-se, só precisa de lavandaria. As mãos estavam imundas, mas felizmente a água lava. O coração batia apressado, mas em segundos relaxou.

Linda maneira de andar por onde andei. Devia ter feito uma bela figura.

o que vale é que o meu sentido de humor vem sempre ao de cima.

Já agora essa de assar sardinhas no micro-ondas não é brincadeira, é verdade. E ficam óptimas, nada como assar nas brasas, mas na falta destas um micro-ondas serve na perfeição.

Um grande beijinho a todos vocês.

Mia